Drones têm multifunções no agronegócio e ajudam a reduzir custos e uso de defensivos nas plantações

Mais de 10 mil equipamentos voam sobre plantações e criações no país e auxiliam produtores rurais

Potência mundial na produção de grãos e alimentos, a agropecuária brasileira encontra nos drones uma opção para otimizar o trabalho no campo, com economia de recursos financeiros, mão de obra e insumos. São quase 10 mil equipamentos do tipo sobrevoando as fazendas do país em um trabalho que ainda não substitui completamente tratores e pulverizadores, mas se alia a eles para monitorar, adubar, irrigar, controlar doenças e pragas e aplicar defensivos nas plantações das mais diversas culturas.

Pesquisadores de diferentes órgãos cravam que o uso de drones pode resultar em uma redução de 40% a 50% no volume de defensivos utilizados e em uma diminuição de gastos da mesma ordem. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que regula e tem o controle da atividade no país, mais de 600 pessoas foram cadastradas desde 2021 para operar drones.

São 50 entidades aptas a oferecer cursos para aplicação aeroagrícola remota, obrigatório para preparar os profissionais ao trabalho de lançamento de fertilizantes e defensivos agrícolas por drones. “O Brasil está avançando rapidamente nesse assunto, já faz bom uso de drones e tem um desafio muito maior em relação à proteção de cultivos do que em outros países. Temos mais incidência de pragas e doenças em nossas lavouras do que nos Estados Unidos, por exemplo, por causa do clima tropical, e isso demanda mais pulverizações”, assinalou o professor de agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Aluizio Borem.  

No mercado brasileiro, há drones com capacidade de carregar até 50 litros de defensivos para pulverização. O armazenamento, inclusive, é dos poucos pontos negativos em relação aos pulverizadores terrestres, como os autopropelidos, que têm a capacidade para transportar até 500 litros. “Um drone obviamente não é barato. No mercado, há drones de R$ 100 mil, R$ 150 mil, R$ 200 mil. E esses pulverizadores são muito mais caros, os autopropelidos podem custar R$ 1 milhão. Com o drone, há a opção de fazer aplicações localizadas. Se tiver só uma reboleira com doença ou praga, o drone pode ir até lá, fazer a pulverização no local exato, sem usar o trator que acaba amassando a planta, consumindo diesel e gerando poluição”, complementa. 

 

Para o produtor rural e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Sistema Faemg/Senar), Antônio Pitangui de Salvo, que faz uso de drones na sua fazenda em Curvelo, na região Central de Minas, o equipamento alia inovação, rapidez e eficiência. “Só para exemplificar, no ano passado eu fiz uma adubação completa foliar em uma plantação de eucalipto de 100 hectares e gastei 12 dias de trator. No drone, este ano, eu gastei um dia e meio. Então, você imagina a diferença. É muito mais rápido, eficiente, porque ele anda no GPS em cima das linhas do eucalipto e não desperdiça nada do produto, que são, no caso, nutrientes para as folhas das plantas”, destacou.

Leia a matéria na íntegra acessando o link: https://www.otempo.com.br/brasil/2024/8/5/drones-tem-multifuncoes-no-agronegocio-e-ajudam-a-reduzir-custos?utm_source=Clipping&utm_campaign=aaec34870c-EMAIL_CAMPAIGN_2024_07_29_12_59_COPY_01&utm_medium=email&utm_term=0_-5f3c0e0ad9-%5BLIST_EMAIL_ID%5D

 

 

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